SONHOS PERDIDOS!
Foi numa tarde de maio!
Ela saía do ensaio
Do seu teatro amador...
E eu a vi bem de frente,
Com aquele porte esplendente
No casaquinho furta-cor.
Enfim, nos aproximamos...
Nos gostamos, nos amamos
Como dois adolescentes
E juntamos nossas vidas,
Casamos logo em seguida
À espera de descendentes!
Mas eis que em dado momento
Nosso feliz casamento
Foi de morte golpeado
E toda aquela doçura
Transformou-se em amargura,
Cada qual para o seu lado...
Aí se passaram os anos
De acertos e desenganos,
Tempo que não volta mais!
E nós ficamos perdidos,
Pelos cantos, escondidos
Sem nos olvidar jamais!