O Quarto é também do Luar
Plac, plac, plac...
Palmas ao sol se pondo,
Ao poente revelando-se
Em cores infindas,
Ah, lá vem setembro,
Diga-se primavera,
Diga-se às letras,
Salve, salve menestrel!
O vinho hoje é branco, espumante,
Um príncipe num mundo de reis!
O mantô hoje é de seda longa, dourada,
Uma princesa num mundo de rainhas!
No principio, apenas uma pétala,
Agora uma rosa cor de centelha,
Por inteira, em lágrimas de orvalho,
Em um jardim de sigilos e sedução!
Quimeras e quimeras
À poesia, ao altruísmo
Do verbo falado, calado,
Cantado assim, no amor,
Pelos quatro ventos,
Pelo quarto que à noite
É do luar como testemunha!
30/08/2014
Porto Alegre - RS