Ah mor Vívido
Resta-me um verso,
Em meio a tantos aqui já escritos,
Já sentidos, vividos, sonhados,
Todos aconchegados a um xale
O qual só eu sei
Sua cor,
Sua textura,
Seu destino nas cartas
De Marselha,
Por favor, luzes...
Ao papel, à pena e ao tinteiro,
Timoneiros desta nave de eras,
De mistérios!
Mistérios estes plantados
Em quadraturas, estros cósmicos,
Palavras de uma
Língua portuguesa árcade,
Mas repleta de sentimentos
Espelhados no hoje
Quando à lua aparece
Em clima de sedução,
Nas notas de um amor,
Ah mor!
Enfim, abre-se o xale,
A seda ou cetim dão o tom
Da comenda, pois os astros
Já se posicionaram,
E o olimpo,
Ilumina-se ao gostar!
28/08/2014
Porto Alegre - RS