TAMBÉM...

Eu sei,... e tu sabes também

Um dia todos nós passaremos,

Voltaremos ao pó.

Seremos então lembrados ou esquecidos

Pelo muito ou pouco que fizemos.

Lerão nossos poemas,

Aqueles que, sem revelar,

Nos escrevemos...

Deduzirão que por alguém sentimos amor.

E em meus versos,

Esses que ora escrevo em desvario,

Intuirão que és tu

Aquele por quem me arderia de desejo...

Por quem meus beijos se me feneceram os lábios,

O calor se esfriou em minhas entranhas,

As notas de minha emoção, caladas,

Na melodia esquecida no tempo, no vazio de uma alcova.

Esses versos ficarão para a memória.

Eu sei,... e tu sabes também

Que por mais que passemos, e passaremos.

Cada verso que escrevi testemunhará.

Será como a cotovia clamando nas noites,

Como o rouxinol bailando aos dias...

Quem ler meus versos, minha poesia, sentirá

Em cada palavra, na tez das entrelinhas

O muito que te amei.

Eu sei,... e tu sabes também...