Licor da esperança (Caris Garcia)

Licor da esperança

(Caris Garcia)

Abastados de uma riqueza pura e profunda

A beleza dizimando rastros da iniquidade

Afinidade do corpo casto da rotina na segunda

Fulmina meus olhos no pasto da bondade

Abençoando a aldeia, em "V" as gaivotas

Rotas em rabiscos nas areias com um graveto

Amuleto no obelisco da ministral nota

Cota parcial entregue no disco do soneto

Matriz do núcleo, no paraíso tuas sementes

Aviso comovente da origem abençoada

Vertigem na estrada no sol benevolente

Envolver complacente no rol, de camada em camada...

Pairando no ar, o alecrim em suave incenso

Aroma extenso do seu bálsamo exsudando

Clamor em extinto idioma, na raiz do álamo denso

Penso no caminho, sinto Roma! Oh, aprendiz brando!

A constante brisa trazendo o vapor teu

Profetisa o alvor, límpido ar que se adentra

A lenda da poetisa que arrebata o coliseu

As cataratas de "Romeu "na fenda magenta

Em teu horizonte repouso o coração sacro

Que não vacila nas inúmeras andanças

Afeto de criança, pupila tua...Virtude no ato!

Aceite o fato! Há "plenitudine" no licor da esperança...

Quando não se diz o que se queria dizer

A galeria divulga que sou tua única imperatriz

Remova a cicatriz da lua! Seja este o teu ascender...

Alma nua em alforria! Obtém de mim a força motriz...

Nas frações estremecidas que vagam as memórias

Como pães da manhã, as glórias frescas e antigas

Sólida cantiga perpetuando os ecos da vitória

Mãos enlaçadas. O amor eterno e ilustre que nos liga...

https://www.youtube.com/watch?v=Rk_sAHh9s08

http://carisgarcia.blogspot.com.br/2014/08/licor-da-esperanca-caris-garcia.html

Caris Garcia
Enviado por Caris Garcia em 25/08/2014
Código do texto: T4936175
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