APENAS DIVIDIDOS

APENAS DIVIDIDOS.

As abstrações do coração

Quase sempre em vão

Quase sempre a nos puxar para um abismo sem fim

Onde damos muito de nós

E vemos muitos doarem pouco ou nada de si

Mundão cheio de possibilidades e desprovido de valores

Olhares que não se sustentam dando credibilidade ao caráter

E transmitindo atestado de personalidade

São muitos os vazios

Muitas as duvidas

Inúmeros os questionamentos

Mas são poucos os momentos em que a sustentabilidade de um olhar

Equipara se ao proferir de muitas palavras

A sinceridade de um abraço que acalanta tanto quanto conforta

Um sorriso que abre portas

Expressões e condutas que muito emocionam

Encantos que não necessitam mais que:

O silencio

E a sustentabilidade terna do olhar

Desejos que emergem e dispensam a autorização do toque

Corpos que se pedem

Tal intensa seja a sorte do encontro

São pontos não estabelecidos que urgem por serem vividos

Um tanto ou apenas um pouco

Um louco em busca implacável

Uma fúria que grita por liberdade

Um olhar lançado ao infinito

Que busca o belo

E não o simplesmente bonito

Ah coração, te rogo!

Que pare de fomentar discórdia entre a razão e a emoção

Que desça do muro como se lá jamais estivesse ido

Que se decida entre permitir e o coibir

Mas a jamais deixar-me de acreditar que dias melhores estão por vir

Que seja bem cuidado e reciprociado no que oferecer do seu melhor

Que em breve cada olhar acompanhe um sorriso

Onde cada gesto provocará uma reação

Cada entrega será única

E cada pensamento o fará descompassar dentro da caixa e bater mais forte.

Apenas divididos...

Sergio Badbah
Enviado por Sergio Badbah em 25/08/2014
Código do texto: T4935810
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