EM CIMA DO MURO

EM CIMA DO MURO

Era o muro da vida,

desde sempre la estava ela

expressões meigas e cativantes

sempre alegre ,jamais triste

era rente as decisões,

que sentia o peso dos seus medos

sempre assustada pelas possibilidades

as vezes muito inocente

as vezes simplesmente covarde

a ela era ofertado o que de melhor houvera em seu peito

mas as duvidas impediram a vivencia desses feitos

por ele desejados de forma unica e exclusiva

outra menina mulher de sorriso unico e indescritivel

ele nao desejava ao seu lado

nem em nenhuma posiçao de sua vida

meninas atiçavam-se com suas varas sob a beira rio

mulheres tentavam iscas mais experientes e de melhor qualidade

apto nao estava,

nem as inexperientes e inocentes pescadoras

nem as maduras e vividas sedutoras

queria simplesmente a sua menina mulher...

que de pé diante de ti

arrancava lhe desconcertantes porem naturais e espontaneos sorrisos

lembranças de momentos nao cabiveis em simples palavras

lembranças que os olhos ao fecharem ainda emitiam sons

traziam recordaçoes de gargalhadas

e do estalar de taças que se chocavam em brindes

sob o brilho da lua

de um cabernet suavignon tomado na rua

entre carinhos e caricias

afagos unicos...

de peles que revelavam quimicas e despertavam desejos

ao som de passaros noturnos,

de carros que transitavam

e coraçoes que pareciam bater num unico ritmo

euforico esperançoso,

como se afirmasse:

dessa vez pode ser diferente,

o sentido merece ser vivido

a possibilidade merece ser oportunizada

O carteiro interlocutor de almas bate a porta

bate a porta com olhar avido

a procura do destinatario:

- ôh de casa...

- to aqui...

o carteiro sem sequer ve-la:

-vim fazer uma entrega senhorita menina mulher,

-como sabe o que sou?

-esta escrito aqui na correspondencia

e visivel nas suas atitudes....

-e do que se trata?

-sao apenas alguns kilos de felicidades

ela desconfiada e descrente de veracidade amorosa,

naturalmente questiona:

-felicidade?

- sim.

-gratuita?

-totalmente.

-como faço pra pegar?

-é só descer do muro onde a senhorita estar...

a menina mulher pensa e perde o equilibrio,

até do muro cair, sem sequer um arranhão

sai em busca da sua encomenda e a caixa esta vazia

o carteiro presente ja nao se fazia

e a felicidade seguia o livre arbitrio

a menina mulher só entao percebera

oque deixara por entre os dedos esvair

era a felicidade levando consigo todos os sentimentos

de um homem que certamente faria de tudo para faze la feliz

a menina mulher regressa a soleira da porta

e no muro recosta- se pensativa,

pensamento longe e sentimento de impotencia

ela apenas pensa,

e nas entrelinhas...

eram as lagrimas da menina mulher diante da realidade

Sergio Badbah
Enviado por Sergio Badbah em 23/08/2014
Código do texto: T4933956
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