TANTO AMOR JAMAIS RESTARÁ IMPUNE

Talvez fustigado pelo meu desavergonhado olhar

Teu colo suplica que nele me deite;

Pela tua boca todo o teu represado calor me assalta

E já imerso na agonia dos teus impiedosos lábios

Ante à razão há muito despudorada

Constato a casta que guardaste pra mim.

Ultrapasso, pois, a fronteira entre o físico e o espiritual

Sobreforma porque sensações com cheiro e gosto tornam-se emoções

E emoções, a cada ato verdadeiro de amor,

Perpetuam-se pela eternidade.

Sou rebatizado a cada primeiro raio da manhã

Pela sutil leveza com a qual teu sorriso me banha;

Então soo monotemático no repetitivo hábito que novamente me ativa

Viés que teima em acentuar tua respiração

E dar, de molde reiterado, voz aos teus incansáveis anseios.

No diálogo isento de palavras

Antes dos teus pensamentos, estarão sempre os meus zelosos atos;

Tanto amor jamais restará impune

Tornar-se-á, pois, eternamente povoado pela minha aguçada intuição

Fazendo minhas as tuas pormenorizadas horas de prazer

Nas quais um novo dia

Jamais será igual à redescoberta da noite anterior.

Marcelo Nazário
Enviado por Marcelo Nazário em 22/08/2014
Reeditado em 11/04/2021
Código do texto: T4933395
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