Desejo
O passado bateu à minha porta
E eu permiti a sua entrada
Trouxe nas mãos uma garrafa de vinho
E me chegou de mansinho
Como costumava ser
Depois de tanto tempo
Como se portou o meu coração?
Aos pulos?Descompensado?
Sofrido?
Nada disso...
Apenas sossegado.
É.
A vida tem disso.
Como temi esse reencontro!
Como armazenei sensações de todos os tipos
E cores
Desde as mais claras e suaves
Até as mais pesadas
Como nuvens de tempestades.
Mas te vi na minha frente
Como se estivera contigo na noite anterior.
Tal a sensação de pertencimento
que sempre fez parte de minha história
Mas algo foi diferente de tudo o que vivemos.
O que me trouxe à realidade e me pôs os pés no chão.
É que sempre que me vinhas
Eu levitava
E a minha leveza se somava à tua
E somente nós existíamos.
Desta vez foi diferente.
O que mudou?
A confiança não veio junto
Eclipsou-se há muito tempo.
E por mais que a aguardara
Com ânsia
Não a senti em tua bagagem
bem mais inconsistente que as de outrora.
O que nela continha?
Senti falta do carinho que transbordava
Dos olhares que se perdiam em mim por horas
Dos silêncios degustados com o vinho
E toques tão sensuais.
Pude perceber na frágil bagagem
Apenas e tão somente o desejo.
Pela primeira vez os meus pés não levitaram
O desejo era real
Era bom
Mas....
A magia se foi.
Mas quem disse que o teu desejo somado ao meu
Não daria um bom soneto
Com direito a rima e poesia?
E deu.
Foi lindo pra mim.
Percebi mais uma vez que minha emoção
não se apartou de mim.
Que tuas mãos me despertam todos os sentidos.
Só elas.
Ah,
Sem contar a delícia de tua barba mal feita
Que me deixa no rosto
Um tom rosado que adoro!
Mas a bagagem que me trouxe
Não me faz te querer como antes
Nem me permite me entregar
E me lambuzar de ti.
Se te atreveres a percorrer o caminho de volta
E recolher o que se perdeu na tua caminhada
Vai juntando tudo:
Uma verdade aqui
Outra ternura ali
Um cuidado alhures
Uma cumplicidade sincera
Depois disso
Pode bater à minha porta
Que se abrirá como antes
E o teu abraço me fará de novo levitar.
O passado bateu à minha porta
E eu permiti a sua entrada
Trouxe nas mãos uma garrafa de vinho
E me chegou de mansinho
Como costumava ser
Depois de tanto tempo
Como se portou o meu coração?
Aos pulos?Descompensado?
Sofrido?
Nada disso...
Apenas sossegado.
É.
A vida tem disso.
Como temi esse reencontro!
Como armazenei sensações de todos os tipos
E cores
Desde as mais claras e suaves
Até as mais pesadas
Como nuvens de tempestades.
Mas te vi na minha frente
Como se estivera contigo na noite anterior.
Tal a sensação de pertencimento
que sempre fez parte de minha história
Mas algo foi diferente de tudo o que vivemos.
O que me trouxe à realidade e me pôs os pés no chão.
É que sempre que me vinhas
Eu levitava
E a minha leveza se somava à tua
E somente nós existíamos.
Desta vez foi diferente.
O que mudou?
A confiança não veio junto
Eclipsou-se há muito tempo.
E por mais que a aguardara
Com ânsia
Não a senti em tua bagagem
bem mais inconsistente que as de outrora.
O que nela continha?
Senti falta do carinho que transbordava
Dos olhares que se perdiam em mim por horas
Dos silêncios degustados com o vinho
E toques tão sensuais.
Pude perceber na frágil bagagem
Apenas e tão somente o desejo.
Pela primeira vez os meus pés não levitaram
O desejo era real
Era bom
Mas....
A magia se foi.
Mas quem disse que o teu desejo somado ao meu
Não daria um bom soneto
Com direito a rima e poesia?
E deu.
Foi lindo pra mim.
Percebi mais uma vez que minha emoção
não se apartou de mim.
Que tuas mãos me despertam todos os sentidos.
Só elas.
Ah,
Sem contar a delícia de tua barba mal feita
Que me deixa no rosto
Um tom rosado que adoro!
Mas a bagagem que me trouxe
Não me faz te querer como antes
Nem me permite me entregar
E me lambuzar de ti.
Se te atreveres a percorrer o caminho de volta
E recolher o que se perdeu na tua caminhada
Vai juntando tudo:
Uma verdade aqui
Outra ternura ali
Um cuidado alhures
Uma cumplicidade sincera
Depois disso
Pode bater à minha porta
Que se abrirá como antes
E o teu abraço me fará de novo levitar.