De novo

Ontem

as coisas mutáveis

como o tempo, as horas pararam,

seguiram minha rotina

na virada da esquina,

na nuvem que fez chover.

Foi ontem,

pelo adeus outra vez,

aquela voz sem soluços

que quebrou o silêncio,

que partiu os cristais.

Outra vez ontem o mesmo sentido,

na boca o grito retido

que cancelou as idéias,

que festejou o fim do jogo.

Nem por isso se quebrou o silêncio,

foi uma pequena parada,

um pedaço de vida,

um raio de luz extinto,

nada mais que um momento

inseguro, incrédulo para vida,

para você.

Outra vez a réplica,

a imitação dos sonhos

que um dia,

quisera fosse apenas sonho.