QUERIA TE ESCREVER UM POEMA
Queria te escrever um poema
de amor
com as palavras mais doces
e ternas da língua
docéu.
Não soube.
Não sei.
Queria te escrever um poema
com a água da mais pura
das nascentes.
Com o sol do mais bonito
poente.
Não soube.
Não sei.
Escrever-te um poema
com as estrelas da minha noite
e com as nuvens do meu dia.
Coas pedras do meu caminho,
com os meus pés, pobre de mim.
Não sei.
Nunca saberei.
Um poema
com os sonhos mais lindos.
Ventos que movem moinhos
holandeses.
Aventuras quixotescas,
Com a razão de um Sancho Pança.
Não soube.
Não sei.
Queria te escrever um poema
com a minha fome e
a minha sede,
o meu orgasmo.
Não soube.
Não sei.
Um poema
com o melhor dos meus sorrisos.
Com o açúcar dos meus olhos.
Com voz rouca e sensual
que não tenho.
Com a gargalhada mais saborosa
do cardápio dos romances.
Não sei.
Não soube.
Pretensa poeta vencida,
não sabendo amar, viver, sonhar
e nem fazer poesias,
escrevi o meu destino
e te dei
a minha vida.
Queria te escrever um poema
de amor
com as palavras mais doces
e ternas da língua
docéu.
Não soube.
Não sei.
Queria te escrever um poema
com a água da mais pura
das nascentes.
Com o sol do mais bonito
poente.
Não soube.
Não sei.
Escrever-te um poema
com as estrelas da minha noite
e com as nuvens do meu dia.
Coas pedras do meu caminho,
com os meus pés, pobre de mim.
Não sei.
Nunca saberei.
Um poema
com os sonhos mais lindos.
Ventos que movem moinhos
holandeses.
Aventuras quixotescas,
Com a razão de um Sancho Pança.
Não soube.
Não sei.
Queria te escrever um poema
com a minha fome e
a minha sede,
o meu orgasmo.
Não soube.
Não sei.
Um poema
com o melhor dos meus sorrisos.
Com o açúcar dos meus olhos.
Com voz rouca e sensual
que não tenho.
Com a gargalhada mais saborosa
do cardápio dos romances.
Não sei.
Não soube.
Pretensa poeta vencida,
não sabendo amar, viver, sonhar
e nem fazer poesias,
escrevi o meu destino
e te dei
a minha vida.