EU, A CHUVA E O MEU AMOR...

Plinc, plinc faz chuva,

quando cai lá no telhado.

Parece estar a dizer

que eu vou ficar molhada.

Se eu saio me molho toda.

Se fico morro de tédio.

Molhada eu fiquei doente,

precisei tomar remédio.

Pela vidraça olho a água

escorrendo pelo vidro.

Na janela embaçada,

desenho seu nome, querido.

Meu coração vou desenhando

e escrevo seu nome dentro.

Enlaçado em meu nome

e deste amor vou vivendo.

As gotinhas de água fria

deslizam com velocidade

janela abaixo. Ai! Como eu queria,

não sentir tanta saudade.

Queria correr pela chuva molhada

de mãos dadas com meu amor.

Meus cabelos e os dele encharcados

mas sem a saudade a me matar de dor.

Sei que ele está tão longe de mim,

e que de nada vai me adiantar

ficar chorando tanto assim,

pois essa saudade não vai passar.

A chuva lava a vidraça

mas não lava meu coração

assim meu amor não passa

Eu vou morrer de paixão.

E quando a chuva passar

e ele puder me visitar

a pneumonia vai acabar

seu beijo irá me curar.

Venha logo amorzinho

não espere a chuva passar!

Meu coração está louquinho

para meu amor lhe entregar!

Nilma Rosa Lima
Enviado por Nilma Rosa Lima em 19/08/2014
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