Dinastia oceânica
O mar às margens à relva derramava
Vigiava as baleias a guarda costeira,
Rajadas de ventos levantavam poeira
Cujo meu corpo de amor carregavam.
Protetores das lentes do fotógrafo o sal corroía
As ondas as pernas do fotógrafo molhavam
A guarda costeira as baleias seriamente conduzia
Às profundezas do pélago que melhor as adequavam.
Barbatanas subiam e desciam rasgando o mar
Baleias a circular em oscilação tonante
Eu menino advertia com olhar fascinante
Que a vida fora feita para amar e mal-amar.
Pouco a pouco tudo... O mar pôs-se a acalmar
O vento vindo do norte mudou a direção
Meu peito de amor deslumbrava paixão
E minha alma jamais esqueceu aquele lugar.