OÁSIS

Miragem no deserto que seduz o olhar de um sedento por paixão,

Faz-me correr em sua direção, em uma hipnose que não se pode romper,

Parecendo ser tudo que eu quis achar para se ter um ponto de equilíbrio,

Afastando os fantasmas de uma terra seca castigada pela solidão.

É sede de amar misturada com a ânsia por dias melhores,

Vontade de encontrar um rio para matar a sede e nas águas frias me refrescar,

E na noite encontrar um abrigo do frio que tanto faz maltratar,

Realizar os sonhos, colocando fim nas ilusões.

Não quero mais miragens neste deserto,

Não há mais tempo para se ter fantasias,

Ah, venha ser meu oásis, sim, meu ponto de paz,

Venha ser o abraço que alcança a alma e acaricia o coração.

Não temos o domínio sobre o ontem,

Não somos senhores do amanhã,

Então seja neste instante meu paraíso,

Seja o oásis da minha emoção.

Vem como a brisa refresca o calor,

Vem como a água sacia a sede,

Venha como se hoje fosse o último dia para nós dois,

Venha misturar nossos desejos transformando-os em um.

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 16/08/2014
Código do texto: T4925495
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.