-Moinho de amor-
O moinho move ao ruído do vento
O moinho move chegando às horas mortas
O vento sopra rugindo os ares montanheses
A neve cai em disparada gelando aqueles corações isentos de felicidade.
Ao som triste do pássaro azul
Que vive em árvores altaneiras, noites em trevas
O lamento das águas em burburinho
Daquelas águas que passam embalando sem encanto
Indo de encontro às cataratas e às ondas do mar.
Ao som do vento que ruidoso faz as folhas secas caírem das árvores
Naquele inverno rigoroso em que o casal ali se apaixona
Ao mover constante das rodas do moinho.
Ao sentir tão próximo o encanto e os segredos misteriosos da natureza
Resolvem se entregar deixando-se consumirem ao fogo da paixão.
Tudo é frio, sólido e gelado
Mas o amor que os une acende a chama
A chama ardente que adentra e aquece os corações dos jovens
E ali eles vivem aquele momento íntimo de paixão
Instantes únicos que carregarão para sempre em seus corações.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca