Os mandamentos do amor
Amar-te mais que a mim próprio...
Tantos!...Quantos pecados meus,
de dizer o que é impróprio:
“amar-te quase como a Deus!...”
Que Ele me perdoe o pecado
pelos meus versos que assim a ti vão...
O seu nome santificado
tomei...tomei em vão!...
Irei à casa do Senhor;
às missas dominicais!...
Depois ver o meu amor
a quem não esqueço jamais!...
Irei a teu pai, comportado...
Namorar-te, a ele pedir...
Mas, que seja por ti honrado
caso não o permitir...
Morrer, morrer de paixão...
Eu não morreria a esmo...
Pra ser dono do teu coração,
eu mataria a mim mesmo!...
Não, não quero prazer por prazer puro...
quero despir-me do pudor...
Minha amada me vestirá de seu puro;
seu puro e santo amor!...
A lei diz: “não furtarás”...
Perdoa-me, perdoa-me Deus;
de furtar de meu amor, fui capaz...
furtando mil beijos seus!...
Jurarei (justo eu que supunha
que jurar nunca faz bem)
mas não será falsa testemunha,
que serei só do “meu bem!...”
Não desejarei mulher alguma;
sejam que forem, quaisquer...
pois pra mim só existe uma;
só existe uma mulher!...
Não quero o que não me é de direito;
não quero a ninguém roubar...
Quero apenas o hálito que vem do peito
de minha amada...e dos seus beijos me apropriar!...
Amar-te mais que a mim próprio;
tantos...quantos pecados meus
de dizer o que é impróprio:
“amar-te quase como a Deus!...”
(GERALDO COELHO ZACARIAS)
16/08/2014