Volúpia

Por mais uma vez vou usar você;

quero despida de tudo

sem preconceitos,

hilariante

e eu serei andejo,

errante,

talvez pecaminoso

em seu todo amante.

Quero vê-la brilhar pela lua

febril, nua,

entregue as minhas mãos,

aos meus toques de guerra

selvagem talvez.

Quero-a por mais uma vez,

ao abandono de tudo que almejo,

quero faze-la eterna

viva para o mundo,

feita para saudade de tantos,

tristezas de muitos.

Quero possuí-la sempre

até o penúltimo sopro

pois o último, será um grito

infinito

pelo tanto ofertado dia após dia.

Venha, quero-a livre

nesta expectativa

para trançá-la entre as mãos,

tocá-la pelas folhas,

seguir traço a traço

todo o espaço

esquecido por tantos,

e que você fique eterna

no desalinho,

nos meus erros,

mas sempre poesia que vagueou

lado a lado em meu caminho.