Amarras do destino
Amarras do destino
Marilda de Almeida
Soltando as amarras do destino,deixando só as lembranças me levarem ao léu de uma história sem fim, onde o começo perpetuou a espécie.
Na memória um sorriso de despedida, alegrias que foram se tornando puídas pelo tempo.
Olhares furtivos que desvendam os segredos da alma, despindo de todo e qualquer sentimento.
As cicatrizes secaram, as lágrimas se misturam com o sereno da noite, as estrelas perderam sua rota, vagam pelo céu hoje sem Lua.
Quando a noite vem tudo se torna sem graça, até os anjos chegarem e embalar-me o sonho.
Sonho de rainha, castelos na beira do mar, onde meus passos deslizam na areia, sentindo as horas voarem através da brisa suave.
Peço aos anjos que não me deixe acordar, pois a realidade é muito cruel e afastou a liberdade de sonhar, de criar e de amar.
Marilda,09/08/2006