Da tua Janela

Trago no corpo a febre dos mares

Nas invasões das tuas tormentas no cais

Das tempestades que assustam a alma

Que deixam no ar respingos e tantos ais

Dessa incoerência rutilante que resvala

na areia coberta de razão da tua praia

Camada que reluz de sins e de senãos

Nesta Inconsistência do que és em mim

do que sou em ti, do que somos; é atroz

Mas trago no rosto, a ternura no olhar

Deste desejo azul-esverdeado que acalma

Bordado na branca barra e voluteante da saia

Que segue, o rasto do pouso, d' um albatroz

Quando, te perguntares quem sou

diante de ti e para o teu coração

Respondo-te, que apenas me sinta

Pois que sou eu, todo o teu horizonte

Toda a paisagem que vês; da tua janela

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 14/08/2014
Reeditado em 19/08/2014
Código do texto: T4922344
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