MEMÓRIAS DE PROFESSOR

Quem, entre lousa e giz,

Pode fazer o mundo mais feliz?

Quem ensinou Machado a escrever?

Quem ensinou Dumont a voar?

Quem deu o tom ao Tom?

A compor o Caetano aprendeu com quem?

Quem deu as dicas de beleza ao Pitangui?

E o Bilac, aprendeu poesias sozinho?

E as primeiras rimas da Cecília, quem a ensinou a escrever?

Sócrates não teve um mestre?

Einstein nasceu sabendo tudo?

Quem ensinou Jorge Amado a passar para o papel tudo o que a Bahia sentia?

E aos Veríssimos, quem mostrou o beabá?

Anita aprendeu tudo sozinha?

Portinari já sabia pintar?

Quem lhe deu os primeiros lápis de cor,

Os primeiros guaches?

Entre todos talentos e dons,

Alguém já antevia o futuro.

No escuro da ignorância,

O Mestre apontava o caminho.

Entre lousa, livro e letras,

O professor mostrava a porta aberta:

Ele ensinava aos poetas,

Dava as cores e formas aos quadros dos artistas,

Legislava com os políticos,

Mostrava as fórmulas aos gênios,

Filosofava com os sábios, ainda na caverna,

E aprendia também com os seus meninos:

Cada ser que lhe passava pelas mãos,

Leva um pouco do seu conhecimento,

Mas deixava um pedaço de si,

Através da aprendizagem contida na inocência de uma criança.

Só o professor

Recebe meninos, crianças ainda

E os devolve homens,

Para conduzir a sociedade.

Todos são o que são,

Mas já passaram pelas mãos

De um professor.

PS.:

Se você conseguiu ler este poema, já sabe a quem deve agradecer!!

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 14/08/2014
Reeditado em 14/08/2014
Código do texto: T4922175
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