Proletário
Você nem gostava de poesia,
Agora bebe um gole cada dia,
Tentando decifrar meu DNA;
Novo hábito fez o teu gosto,
Bem sei que brilha o teu rosto,
Quando nota que sua foto está...
Não me expresso a ti por elipse,
Se a luz do amor sofreu eclipse,
Foi a sombra de teu, não quero;
Máquina humana qual Robocop,
Passo os versos, pelo Photoshop
Pra dizer melhor quanto te quero...
Apago fealdade disfarço manchas,
Sincronizo bem ondas e pranchas,
Mas, é solidão que paira na crista;
Forço quando possível mais brilho,
Cada bilhete de amor é como filho,
Se esperas que os renegue, desista...
Aliás, a prole tende a mais crescer,
À medida que não canso de dizer,
Tudo e mais, que no meu peito vai;
Persistência move meus artelhos,
quem aprendeu amar os fedelhos,
tá a um passo de amar também o pai...