SOL E LUA
Tenho-te sempre em mira, iluminada
E em meu intenso calor resplandecida,
Mas de que vale desejar-te, lua amada,
E à distancia pretender-te, encarecida?
Minhas forças inoculadas pelo espaço,
Em tua pele, delicadamente, é sentida,
Com um arrepio menor, tênue mormaço,
no ardor da ânsia de ter-te em minha lida.
Ainda que a tantos aqueçam nessa vida,
A explosão de raios nos céus, exalados
Como um coração, palpitante e apaixonado,
transluzindo o horizonte em lumaréus.
Sozinho, de que me vale ser fonte d’ energia,
Se não ilumino com essa luz o meu caminho?