FIZ-ME POETA
No misturar das palavras
Sem esboçar o destempero
Rabisquei uma lágrima
Que escorria em exagero
E ao bater no papel
Virou borrão, este sentimento
Foi muito cruel
Borrar assim, nossos momentos
Fiz-me poeta, assim
Misturando-me a devaneios
Espremendo o coração aflito
Derramando meus anseios
Num papel bem mais bonito
E quando o verso findar
Depois de sua construção
Serei poeta para te amar
E dar alento ao meu coração.