GANA...

Tenho gana de ti,

gana de devorar teus beijos,

de delirar tremulando meus anseios

no forte contato com tua mão.

É corrente que me prende

e eu fraca sonho e dependo

dessa ilógica união.

A minha gana aumenta.

Vou calórica, vou sedenta

em rastros te buscar...

Deitar-te em minha cama,

rasgar o clamor que inflama,

transformá-lo em porto meu.

Deixar-te arfante e dependente

te absolver docemente

despojando o falso Eu.

E nessa posse almejada

sou a que mais é tentada,

a que mais procura amor.

Assim, voraz e absoluta

serei vitoriosa, resoluta,

ao colocar-me ante a ti,

deixando que escorra e vaze

essa gana, que tu sabes,

só se amenizará,

quando cruzares esse mar

e ficares junto a mim

pra nunca mais separar.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 18/05/2007
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