Ordeno que me odeies!

Ordeno que me odeies!

(Vilancete)

A pedido do sossego,

Eu ordeno que me odeies!

Fomos invenção palpável

Feita de carência viva.

Paixão, torrente indomável

Que adentrou intempestiva

A nossa tristeza altiva!

Julgámos ver o aconchego

A pedido do sossego.

Mas alcançámos miragem,

Que na carne foi sentida

Com cobardia… coragem

Que a fez tornar desvaecida.

Foi pela honra sacudida!

Para que não mais me ateies,

Eu ordeno que me odeies!

André Rodrigues 11/8/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 11/08/2014
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