CANTINHO DE AMOR.

Sai daí dessa enfadonha distância, amor.

Espero você, diuturnamente cheia de ardor.

Nossa alcova tornou-se fria e tosca.

E o nosso alpendre melancólico e sem valor.

Lugar onde o óleo do amor incendiava.

Hoje está sem mel, sem pólen e sem calor.

Estar assim, sozinha, neste tempo hodierno.

Onde os valores captados, são externos.

Mas eu o espero como à minha subsistência.

Uso sempre águas de finas flores, na esperança.

Que você surja trazendo a justa bonança.

E aí sim, água de cheiro e o fim da sua ausência.

No nosso cantinho ardente de amor eterno.

*

Licia Falcão Rodrigues da Silva.

Licia Falcão
Enviado por Licia Falcão em 11/08/2014
Código do texto: T4918596
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