CANTINHO DE AMOR.
Sai daí dessa enfadonha distância, amor.
Espero você, diuturnamente cheia de ardor.
Nossa alcova tornou-se fria e tosca.
E o nosso alpendre melancólico e sem valor.
Lugar onde o óleo do amor incendiava.
Hoje está sem mel, sem pólen e sem calor.
Estar assim, sozinha, neste tempo hodierno.
Onde os valores captados, são externos.
Mas eu o espero como à minha subsistência.
Uso sempre águas de finas flores, na esperança.
Que você surja trazendo a justa bonança.
E aí sim, água de cheiro e o fim da sua ausência.
No nosso cantinho ardente de amor eterno.
*
Licia Falcão Rodrigues da Silva.