Encouraçado Botequim

Enfim, é pôr do sol

Ao sul do equador!

A brisa sopra das águas

Para os igarapés inventando

Seu próprio balé...

A trilha leva à poesia

De velejar e viajar

Pelo encouraçado botequim,

Sabe-se que ali, versa a bailarina,

Nos mais nobres codinomes

Do amar pelo mar!

Do vazio da folha

Letras e cores se aconchegam,

Mesclam-se entre si, pois de ti

Cabe-me mais que um olhar

Par ser bebido em pensamentos,

Do cálice és gole profundo,

Da noite és à bruma

Acariciando o luar!

Enfim, anoiteceu,

A lacuna se foi em estrofes

Tênues, tenras, tântricas,

Deixando aqui um minueto

De solidão, de um alfabeto

De sentimentos infindos!

10/08/2014

Porto Alegre - RS