Vislumbre
Abra sua janela
à inconstância dos atos,
aos percalços que derrubam teorias,
fazem ironias
nas festas poucas que participamos.
Abra sua janela à vida
que transita
enquanto o avanço inexorável,
o dia a dia vive sua existência.
Tão pequena,
um nada perante o tanto.
Abra sua janela,
estarei nela
entre tudo, tantas coisas
que seus olhos possam ver.
Abra então seus olhos sobre mim,
nas pautas dos poemas lidos,
na figura
àquele se mistura,
confunde sua vida.
Feche seus caminhos,
coloque-se em desalinho,
aguarde, espere
um pequeno toque
daquele tanto, recebido
no fruitivo sonho relido
na janela aberta dos seus sonhos.