Amor, Berço de Mim
Sem cera, sem máscara , disfarce, nua
descalça ponho-me ao deitar
orar e ao teu olhar
Nenhum de nós poderá macular
o que primeira estrela abençoou
no purpuro entardecer
Em tempos de dor cultivei ninho
seda e plumagem
asas que me viriam libertar
Cera derretida mostra alguma ferida
pérola querida
órgão em desalinho
Envolta em linho ainda eu
que cresci e criei asas
por entrega sincera
Ingênua/ transparência /decência
Em ser e me dar (AMAR)
a mim / a ti e, ao mar!
virgínia além mar 1995