Mistérios do Vento
Ali, da sacada,
Vejo a lua, hoje,
Sob nuvens, como véus,
Sobre uma face
De um corpo
Também em mistérios,
Também... Em!
Segundo a poesia
O tempo para, assim
Que o verso deleita-se
Gerando um avesso,
Desabrochando em reversos
Renascendo em anversos,
Enfim inventando-se poema
Por alma nua, pele tua!
Sem sombra de dúvida
Há um simbolismo,
Ora acadiano, ora platônico
Em cada suspiro, doravante
As estrelas contornando o luar,
Toda forma de amar, de sentir,
O sentimento espalmado
Pelo vento que venta ao norte!
09/08/2014
Porto Alegre - RS