INVISÍVEL
Nego a tua visibilidade,
me sonega desvendá-lo
autentico a tua existência.
tripudia minha paciência.
Teu silêncio visual me revela
és tu: ar, fogo, água ou terra?
elementos por si te revelam
tu és mesmo da gleba!
Nesse calor árduo de sinestesia
perpetuando o toque, a visão, o cheiro
nos sonhos e desejos em desarmonia
me lanço a conhece-lo por inteiro!
As conversas noturnas embalam
afetos, segredos, fantasias,
torturando almas afins
enveredadas pela nostalgia!
As emoções sublimares
que se propagam ao consciente
enaltecem com sutileza
na mais pura grandeza
o valor do que é perene
meus anseios, teus anelos
vadiam no clarão do dia
invadem no alcatrão da noite
vozes velozes, sons, suspiros
da sincronicidade a álgebra
das incógnitas ao dendê
florear contigo o luar
e beber o teu abrigo
desvendar as tuas façanhas
e alinhar a tino, porém sem lino
esse eterno menino!