Sem titulo 2

Hoje o dia começou com a luz plácida do outono

Gostaria que os teus olhos me dissessem somente te amo

Renata minha bela Renata tenho chagas por teu olhar não em mim

Olho-te como corvo cobiçoso de alimento da pera e do abacate

Verdade que o amor penetra tão fundo quanto o coito das tardes

Libertado estou das convenções de uma sociedade afligida

Sonho com os teus seios rígidos de brancura do leite virgem e puro

Antes doava minha existência as luxurias hoje estou ficando louco pela paixão das madrugadas absurdas

Besteira essa de você ser uma ilusão da minha decadência

Renata olhe para os seus dentes que nenhum deles tem defeito aparente

Uma menina que cresceu como a pitangueira tem a vermelhidão do fruto cítrico de delicias

Vou atrás de todos os meus sonhos mesmo morrendo de depressão

Hoje Renata não faz sentido alguma coisa nova, vivemos em busca do nosso final da vida no abismo que atrai os fracos corajosos

Coisa interessante querida essa de andar toda nua

Jamais uma beleza de frescura passou como ventania desnudando tua formosura num vórtice de dimensões cruas

Ontem poderia os meus dias voltarem, mas a maldade dos pecados me impede de desejar arrependimento tão tarde

Beijo-te com todo o mel colhido dos vespeiros

Beijo-te com toda a amabilidade de homem calado

Sinto que nisso Renata tudo morrerá num tolo assalto

Liberdade, liberdade para minha consciência poder respirar um misero bem transpassado

Renata pobre Renata se soubesse o quanto é amada no pesadelo de azul demoníaco ao amarelo da rosa mística no colar de perolas vivas a hidra de monstruosidade pura lendária altiva

Não quero saber de Amandas, Ágatas ou Rafaelas me contento com Renata meu livramento meu poço de cobras sem veneno

Mas isso não é amor é loucura de um poeta decadente

Antes foram as mulheres as donas do mundo hoje os homens se encontram uns condenados vagando sem rumo

Amor com amor se paga na cama com sete prostitutas meladas de azeite de maçã

Diante de mim as cortinas se fecharam e ficou meu eu um horroroso pedinte desgraçado

Tudo conspira para Renata ser totalmente minha na cama com caricias e enlevos

Renata, pobre Renata quando morrerás sendo pura alma feminina

Lindos são teus olhos que as cores do eclipse solar com anéis de luares envolta a íris sublunar

Lindos são teus seios macios como a seda Inglesa

Olho em ti Renata o óleo a amolecer minhas chagas

Uma coisa Renata não seja minha tão amada inimiga mas mãe que consola o pobre filho

Jamais acenderá ao trono tua principesca realeza de cereja

Lindos são os teus seios

Feliz é o homem que em ti mata todos os desejos.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 07/08/2014
Reeditado em 07/08/2014
Código do texto: T4913101
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