De repente

A lágrima encontra a face,

Que encontra os lábios

Que encontra...

A letra sobre a folha,

Um tanto vazia,

Um tanto branca,

Um tanto...

De perfume

Que vem do vento

Que venta e inventa

Um valsar

Pelos cabelos,

Pelos tecidos,

Pelo xale

Que aquece e seduz!

Em cada palavra um beijo

Escorrendo pelo chão de giz,

Ali, d’onde eu salto da solidão

Em devaneios, em sentimentos,

Em lanternas que o tempo

Não apaga, pelo contrario

Veste de vinho e de amor

Tudo que se diz em poesia,

Em sarais multiplicados

Por almas e âmagos

Que amam!

05/08/2014

Porto Alegre – RS