O que fiz eu?
(Poema dedicado a Elenilma,
forte guerreira que a vida me apresentou)
O que fiz eu?
Sonhei meus sonhos em nuvens de paz, expandi os horizontes,
ao menos tentei não chorar, pintei meus lábios de paixão
e vesti meu corpo com asas de quem sabe voar.
Pleiteei o bem!
Cantei meus acordes em sons que o mundo não ouviu,
forte e feroz, arrogante
e voraz chegou o pranto desbotando o arco-íris que no peito feriu .
Mas, o que fiz eu?
Dessa vida que outrora me confiaram e tão bem aceitei,
deixei cair à esperança que tal como cristal desfez-se em partes
e hoje grita um final que não desejei.
Choro ou grito?
Peço ao destino que interprete as verdades que sou,
é meu esse caminho, assim o fiz e escrevi,
onde andam meus passos se meu corpo aqui ficou?
Onde andará meu sim?
Que se abram os céus, quero ser anjo outra vez
e voar noite a fora até algum outro amanhecer, quando chegar o sol,
vou encher-me da força com a qual a vida me fez.
O que fiz eu...
Se bem ou mal ainda não sei,
trago em mim a certeza da vida e as vitórias por fazer,
se forte ou não, mantenho no amor a fé e faço dessa a minha lei.
03/05/2007