Gritos de Um Ser

Oh menina, por ti me apaixonei

E logo tarde nesse hospício me internei

Seguidos de gemidos de insanidade

Choro aos prantos com essa calamidade

Não por rejeição, não por ti

Mas pelas coisas que vivi.

Não tenho pele de cor

Mas a morte me prega mais essa dor

Parece fictício, mas te amo.

Beber não resolve só me faz mais insano

Você, salgada como água do mar

Da qual não podemos provar.

A vontade de passar a mão em seu rosto

Branco como a neve,

Nasce e resplandece

Beijo sua boca, acordo

E nesta bela corda de seda me sufoco

Torço e me reforço

Vejo uma coisa vinda do além

Fazendo alguém de refém

Olho para frente e percebo o espelho

Oh porra estou de joelho

Ameaçado pelo amor

Estou gritando por clamor.

Gabriel Machado de Oliveira
Enviado por Gabriel Machado de Oliveira em 01/08/2014
Código do texto: T4905646
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