Vala com unaquita
Em meio ao deserto te encontrei
Com roupas provocantes visualizei.
Como fumaça papal você esvaiu
Entres minhas mãos que consumiu.
Não sei explicar como aconteceu
Só sinto que meu peito adormeceu.
Por que deixastes minha vala com unaquita,
Ó, minha italianita?
Estrafegado entre espumas e gotejos me atino
Diante de luas, do vício libertino.
Com café forte, guaraná e açaí não descanso
Apenas esperando teu doce balanço.
No meio de sujeiras eu permaneço
Esperando viver um novo recomeço.
Você é meu amuleto de cura e de sorte.
Sem você não chego ao norte.
No último suspiro eu te desejo,
Mesmo sabendo que não terei um único ensejo.
No horrendo círculo infernal me dirijo com a manada
Até que me tragas sua granada.