Vala com unaquita

Em meio ao deserto te encontrei

Com roupas provocantes visualizei.

Como fumaça papal você esvaiu

Entres minhas mãos que consumiu.

Não sei explicar como aconteceu

Só sinto que meu peito adormeceu.

Por que deixastes minha vala com unaquita,

Ó, minha italianita?

Estrafegado entre espumas e gotejos me atino

Diante de luas, do vício libertino.

Com café forte, guaraná e açaí não descanso

Apenas esperando teu doce balanço.

No meio de sujeiras eu permaneço

Esperando viver um novo recomeço.

Você é meu amuleto de cura e de sorte.

Sem você não chego ao norte.

No último suspiro eu te desejo,

Mesmo sabendo que não terei um único ensejo.

No horrendo círculo infernal me dirijo com a manada

Até que me tragas sua granada.

Deyvid Lessa
Enviado por Deyvid Lessa em 31/07/2014
Código do texto: T4904842
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