Ciclicamente
Certo dia
todos nós voltamos
para o exato ponto
onde nos perdemos
O homem vem não se sabe de onde
e volta não se sabe pra onde
Talvez do nada de onde veio
As aves sobrevoam mundos e
retornam com a estação
O sol brilha em todos os lados
se põe
e renasce
Os ponteiros do relógio
estão sempre voltando
Voltamos ao seio materno
à cama
à noite
Ciclicamente voltamos
às regras
à fome
ao sono
Por necessidade e prazer
voltamos à água
Os aviões voltam
Os peixes também
O mar vai e volta
O viajante volta à sua terra natal
mesmo em sonhos
O culpado volta à cena do crime
mesmo em pensamentos
Quem foge volta para o perigo
Volta quem se contentou
Volta o insatisfeito
Os homens voltam
para o bem e o mal
O bacharel volta aos livros
O velho volta à infância
O saudoso volta aos retratos
A gente sempre volta à nossa solidão
quando estamos fartos do mundo
E de todas as minhas reviravoltas
volto sempre pra você
Volto como
as aves
como o mundo
o mar
o sol
a sede
Para me encontrar
Certo dia
todos nós voltamos
para o exato ponto
onde nos perdemos
O homem vem não se sabe de onde
e volta não se sabe pra onde
Talvez do nada de onde veio
As aves sobrevoam mundos e
retornam com a estação
O sol brilha em todos os lados
se põe
e renasce
Os ponteiros do relógio
estão sempre voltando
Voltamos ao seio materno
à cama
à noite
Ciclicamente voltamos
às regras
à fome
ao sono
Por necessidade e prazer
voltamos à água
Os aviões voltam
Os peixes também
O mar vai e volta
O viajante volta à sua terra natal
mesmo em sonhos
O culpado volta à cena do crime
mesmo em pensamentos
Quem foge volta para o perigo
Volta quem se contentou
Volta o insatisfeito
Os homens voltam
para o bem e o mal
O bacharel volta aos livros
O velho volta à infância
O saudoso volta aos retratos
A gente sempre volta à nossa solidão
quando estamos fartos do mundo
E de todas as minhas reviravoltas
volto sempre pra você
Volto como
as aves
como o mundo
o mar
o sol
a sede
Para me encontrar