O Som das Cordas de Aço

No violão de dois braços,

Lá maior, um arpejo, um apelo,

Em suas cordas, de aço,

Sons de um Argonauta navegante,

Da nau de Argo, da nau do Amor!

Naquela noite

As lanternas daquela rua,

Ascenderam-se assim que o sol,

Sei foi, trazendo para a noite

A esperança em longos panos,

Lábios em rubro vermelho!

A melodia do anoitecer

Emana-se baixinho, prosaica,

Sensual feito borboleta na flor,

Na margarida flor, diziam...

Os outros acordes

Pelas doze cordas, de amar!

Os panos,

Pelo chão quadriculado,

Ficaram!

As peles... Ah, as peles!

Enfim, entoavam

Poesia de beijos,

De afagos!...

29/07/2014

Porto Alegre - RS