Amores perdidos...
E do que restou
da vida
desgraçada,
inventou
um amor...
o derradeiro,
a ultima gota
a escorrer do sorvete,
nas tardes
quentes de verão.
Amor com tempo marcado.
Amor com inicio e fim...
pobre ser pela vida
maltratado,
esqueceu
que o amor
ignora o tempo da alma...
o tempo passou
e o amor não acabou,
chora e ri,
cambaleando pelas calçadas,
lambendo as sobras
de amores perdidos
e comendo as migalhas
dos miseráveis compadecidos...