PRIMAZIA DO DESTINO

Sou uma pessoa que se entregou,

amou, e na voragem de uma

durável ilusão se ouve ainda

minha voz dizendo na amplidão:

não deixe o nosso amor morrer.

Nada mais sei, se você

ainda é a mesma ou

se já me esqueceu,

não sei a quem perguntar,

onde procurar, desejo

tanto noites de paz!

E nessa paz, como anestesiado,

acomodo-me na escuridão

unicamente, pra poder sentí-la

uma vez mais,

quando nos deleites dos enganosos abraços.

E assim, desfaleço no torpor da noite,

com a sensação de um sentimento

somente meu, ainda que nos

agitados e confusos momentos,

onde vivo enganado com

falsas miragens

que acabam despertando-me enlouquecido,

e com a certeza que sempre

serei sozinho,

você nunca me amou,

uma realidade e primazia do destino.

Wil
Enviado por Wil em 17/05/2007
Reeditado em 30/06/2007
Código do texto: T490127