CORAÇÃO EM FEBRE
CORAÇÃO EM FEBRE
Fernando Alberto Couto
A chuva vai passando.
O Sol já reflete
a paz deste lugar.
Com lágrimas rolando,
ainda ouço a charrete
que, longe, vai te levar.
Ó, amor, por quê vais
e me deixas sozinho,
neste velho casebre?
Ecoam, assim, meus ais
já sem teu carinho,
com o coração em febre.
Não, não digas nada,
pois o silêncio é sinal
que há algo a completar
e eu creio, minha amada
que teu amor é igual
e assim tu deves voltar.
RJ – 27/07/14