PETIÇÃO DE AMOR

Considerando o medo da solidão,

cuja prisão se fez presente na vida,

numa dor de origem no outrora passado solitário,

mas que agora se revogam os versos

e os decretos contrários;

Considerando o delito de sentir,

querer de forma platônica outra pessoa,

amar o que por direito não pertence,

mas mesmo assim clama sem desalento;

Considerando a tutela da felicidade,

cujo processo foi deferido

em direitos atendidos por Instância Superior;

Pedimos deferimento a esta petição de amor,

sem “habeas-corpus” para o retorno à liberdade,

neste ingresso pelos caminhos da justiça

ao rigor da lei,

e haveremos de pedir a pena máxima da prisão perpetua,

sendo condenados a viver amando e morrer de amor.

Seremos levados num mandato de segurança máxima,

conforme a lei em sua sabedoria dispor,

doando a vida em troca dos serviços prestados do zelo do amor

Dado o despacho, revoga-se a sentença:

“Nos sonhos o amor toma conta,

o vento toca a face

e hão de encontrar a paz de cumprir a pena de se amar por toda vida!”

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 27/07/2014
Código do texto: T4898117
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