Chuva sem luvas...

lá fora, chuva sem luvas,

dentro, um arrebento de

sentimentos no pensamento;

na cadência dos pingos

arrisco o cenário e cenas,

não há monólogo, o diálogo

vem logo mesmo que seja

mais um personagem apenas,

criado no meus poemas,

talvez, até com temas que a

vida real faz cinema;

chove torrencialmente no

meu quarto como no ato de

amor e saudade;

te reinvento e te amo sobre mim;

chove chuva, chove chuva.

Marisa de Medeiros