Romanesco

Ah, que beleza!

Lá fora, a canção da chuva

Em versos, literalmente escrevendo,

Caindo sobre as calçadas,

Regando cada flor

De cada jardim,

Ali em botão

Florescendo!

Enquanto as vidraças

Ficam em lágrimas,

Uma outra canção

Melodia-se,

Serve de inspiração,

Até o corpo

Em tecidos maleáveis,

Brilhantes como as gotas de chuva

Sob a luz de alumiar, de dançar!

Na taça de vinho

A tatuagem dos lábios,

Dos lábios o beijo de tatuar

A alma, todas as vias do coração,

E certeza de nas mãos sentir

Todo o veludo do amor,

O tear das velas em chamas,

O teor das peles em néctar!

24/07/2014

Porto Alegre - RS