NÓS DOIS

E eram azuis aqueles olhos

que os meus fitavam

e eram ternas aquelas mãos

que as minhas tocavam

e era puro respeito

o que ainda nos separava

e era pelo fogo do desejo

que nossos corpos ansiavam

e foi nesse olhar azul

que sem medo mergulhei

e foi na ternura do toque

que meus dedos entrelacei

e foi por me sentir respeitada

que eu me aproximei

e foi pra arder de desejo

que eu me entreguei

e será pra viver tudo de novo

que nos reencontraremos

e ao juntar meu querer e o seu

nos exploraremos

e sem nada a cobrar e tudo pra viver

nos entregaremos

e quando nos perguntarmos sobre o amanhã

não responderemos

e a beleza de tudo que vivemos

compõe a nossa verdade

se perpetua com o que fica conosco

como marcas da nossa vontade

pois nos conhecemos há tão pouco tempo,

mas parece ser uma eternidade

J C Queiroz
Enviado por J C Queiroz em 22/07/2014
Código do texto: T4891341
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