FLOR DE ALGODÃO

A conheci tão menina,

de boneca a brincar.

Já era bem feminina,

vivia a me provocar.

Um dia o brinquedo largou,

me fez seu melhor amigo.

Destino que nos ajudou,

você se casou comigo.

Tantas lutas vencidas,

diversos caminhos traçados.

Almas que seguem unidas

em corpos tão separados.

Chegamos na terceira idade,

por mim seu desejo acabou.

Pode me amar, é verdade,

mas seu fogo apagou.

Ainda lhe tenho paixão,

meu coração não vacila.

Desejo sua flor de algodão,

com cheiro de camomila.

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 21/07/2014
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