AMAR SE APRENDE AMANDO

Residindo juntos no peito

Um demônio que ruge e um deus que chora

Após um reinado glorioso

Morre o rei, o pai.

Amado pelos súditos

O príncipe subiu ao trono

Como se em seu coração tivesse

O tumulto e o clamor de um largo oceano.

O breve raiar do astro do dia

Não mata a tristeza, apenas dissipa

Mal o novo rei havia tomado seu manto

Recebia dos reinos vizinhos presentes e delícias.

Mas o tempo, não diminuía sua tristeza

Palpitava de flores e ninhos

Alma, que em dores chorava

Resolveu partir com um séquito

O reino estava em paz, queria perseguir contentamento

Pediu dez dias para se preparar devidamente

Afinal, que o novo rei procurava:

Positiva negação do nada

E de procura, em procura

Tivesse aquela ventura

Encontrar-se com sonho doce e risonho

No breve correr dos dias

Já raro e mais escasso

Era ele o ser sem ter reflexo

O infeliz novo rei, cedendo ao primeiro ímpeto

Partiu em busca da chama da sabedoria

Não conseguia acertar o alvo que não via

Em versos, em lugares,... nada

Amava o que doía, sem objeto de amor

Julgava única sua infelicidade

Sem sentimento dia, nem pensamento noite

Vivia a vida, forma solitária, não sozinha

Um dia encontrando a primeira estrela, a olhou nos olhos

Nascida feita para o amor, o sol da primavera

Uma ilha de serenidade no meio do medo

Abre caminho além... da paz o núncio

A alma renascia, gorjeava e ria...

E descobriu que havia amado tanto! e não conhecia o Amor!

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 20/07/2014
Código do texto: T4888903
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.