CREATURE BONUM, AMABILE ET SUAVE

Criatura doce vinda destes infinitos céus

Tiraram-te as alas para que conosco parecesse

Mas o berço do teu peito que me acalenta

Em nenhum outro peito humano há!

Tiraram-te as alas, mas ainda sabes voar.

Tão parecida tu és com a origem angelical

Que a flor que se abre no teu sorriso

Exala aroma violeta, púrpuro e nacarado!

Só tu tens capacidade de colorir o cheiro

Aquarela das cores do teu estado de alma.

Tão parecida tu és com a origem angelical

Que tua probidade não em ti não se esconde

Às súplicas por perdão dos felizes desalmados

Por um dia como e sempre a terem desejado

Todas elas tu imaculada sempre responde.

Menina que soa como benção entre nós

Não permita que eu te deixe assim passar

Por esta laica vida sem encontrar a felicidade

Olhar-te-á no espelho tão graciosa e triste!

A Felicidade tem estado de espírito e existe.

Menina que soa como benção entre nós

Não permita que eu te deixe assim passar

Pela vida sem tudo de bom experimentar

Sob santidade o pecado menos casto do mundo

Felicitarás, mesmo que dure a vida um segundo!

Menina que soa como benção entre nós

Não permita que eu te deixe assim passar

Por esta vida sem a profana felicidade

Se no sonho tu desejas me amar

Farei-o de pronto logo se tornar realidade.

Abençoas minhas mãos com o teu beijo

E cinges, com teus lábios róseos, os meus

Por perder me traga rendido a teus serviços

Os quais faço por prazer de ter aqui teu carinho!

O qual me faz afastar do soturno pranto sozinho.

Santa que por mim deve negar a castidade

A vida não é só sofrer, arder, defender, penar!

Quero te ministrar eterno prazer, e não pesar!

Rogo-te, criatura, deixe eu conduzi-la como querer

Que creio que jamais tu te arrependerás.