Do Primeiro Olhar ao Himeneu.

Sem razão nem por que, aconteceu,

Simplesmente ao ver-te, o amor nasceu.

Quando seu olhar cruzou com o meu,

O pertinaz coração pensou, em você e eu.

E na teimosia ele segue sem detença,

Apressado deixando de lado a sabença,

Como quem cumpre a sua parte na avença,

Avença sem o conhecer de outra querença.

Será que todo coração caído perde o siso?

E segue pela vida vivendo só de improviso?

Do olhar furtivo e do fugaz e escaço sorriso?

Igual a um Pierrot, que na cena passa inviso?

Tomara que não meu coração, tomara não,

Porque é tão bom sentir esta doce emoção,

Melhor será viver a intensa e mutua paixão,

Que une corações na eterna e térna efusão.

E se alguém perguntar como isto sucedeu,

A resposta será linda, juntos já no himeneu,

Começou sem razão nem por que, só rompeu,

A gêmula da flor da árvore do amor, dela e meu.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 19/07/2014
Reeditado em 19/07/2014
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