Tua

Então me rendo e me ignoro

Sou névoa sem ti.

Não quero ver-te frio e distante como houvesses morrido

Nem calar tua boca sem antes dela ter bebido.

Tenho tantas almas e nenhuma abocanhas

Ou arrebatas como prenda da nossa febril loucura

Rendo-me e não me ignores

Escorro pelos teus dedos mornos

E não sentes

Prende-me nos teus lábios

Finca tua pele na minha

Sela essa loucura doída com a saliva

Dos desesperados

Porque sou tua

Sou só tua.

Cynthia Cisneiros
Enviado por Cynthia Cisneiros em 17/07/2014
Código do texto: T4885744
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