Tua
Então me rendo e me ignoro
Sou névoa sem ti.
Não quero ver-te frio e distante como houvesses morrido
Nem calar tua boca sem antes dela ter bebido.
Tenho tantas almas e nenhuma abocanhas
Ou arrebatas como prenda da nossa febril loucura
Rendo-me e não me ignores
Escorro pelos teus dedos mornos
E não sentes
Prende-me nos teus lábios
Finca tua pele na minha
Sela essa loucura doída com a saliva
Dos desesperados
Porque sou tua
Sou só tua.